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O mundo caminha para uma tragédia que pode ser evitada, mas que não é face a ganância do ser humano em apenas lucrar com os recursos naturais sem repor ao meio ambiente.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Reduzir a fome pela metade está ao nosso alcance

Reduzir a fome pela metade está ao nosso alcance

Força-tarefa estabelece 40 soluções efetivas para dramática redução da fome no mundo
Nova Iorque, 17 de Janeiro de 2005 – Todos os dias, mais de 850 milhões de pessoas vão se deitar com fome; dentre elas, 300 milhões são crianças. Mas ao longo da próxima década, mais da metade delas podem ser salvas da má nutrição, de acordo com a Força-tarefa sobre a Fome do Projeto do Milênio das Nações Unidas. Além disso, a Força-tarefa identificou 313 áreas no mundo todo que necessitam de ação prioritária.
Os levantamentos da Força-tarefa – Reduzindo a fome pela metade: é plenamente alcançável – foi lançado hoje como parte de um detalhado plano de ação global para combater a pobreza, doenças e degradação ambiental em países em desenvolvimento. A Força-Tarefa sobre a Fome foi dirigida pelo Dr. Pedro Sanchez , ganhador do prêmio “Gênio MacArthur”, vencedor do Prêmio Mundial da Alimentação de 2002, e pioneiro no campo de solos tropicais e agrossilvicultura; e o Prof. Swaminathan , vencedor do Prêmio Mundial da Alimentação de 1987, líder do movimento Revolução Verde da Índia, e líder mundial no campo de segurança alimentar sustentável. Eles coordenaram um grupo sem precedentes de especialistas vindos de governos, iniciativa privada, organizações não-governamentais e da academia que durante os últimos dois anos viajaram o mundo para observar e discutir precisamente o que está sendo feito para combater a fome e como soluções de sucesso podem ser usadas em regiões que ainda enfrentam o problema.
“O Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir a fome pela metade até 2015 pode ser cumprido se os países industrializados aumentarem e melhorarem a assistência para o desenvolvimento”, diz o relatório. “Reduzir a fome pela metade está em nosso alcance. O que falta é ação para implementar e estender as soluções conhecidas”.
A Força-tarefa sobre a Fome desenvolveu uma ampla diversidade de recomendações acreditando que, cada país, região ou comunidade pode escolher a combinação certa de intervenções mais apropriadas às suas necessidades e circunstâncias. Especificou 40 soluções testadas para combater a fome e um plano para sua implementação nos níveis internacional, nacional e comunitário. A África recebeu ênfase específica, por ser a única região do mundo em que a má nutrição está aumentando. As recomendações incluem:
Partir do compromisso político para a ação por meio de um intenso trabalho de conscientização, aumento dos recursos, maior consciência pública e amplo monitoramento.
Reformar políticas e criar um ambiente propício por meio de estratégias como uma política integrada que cubra agricultura, nutrição e desenvolvimento rural, aumento do apoio orçamentário, promoção da autonomia das mulheres e meninas, amplo acesso à terra, intensificação da pesquisa, remoção das barreiras ao comércio e desenvolvimento de capacidades para a implementação de programas de redução da fome.
Elevar a produtividade agrícola de pequenos lavradores que se esforçam para produzir alimento suficiente para sua subsistência com a melhoria da qualidade do solo, das sementes e criações, dos métodos de gestão da água, e extensão dos serviços de agricultura.
Melhorar a nutrição de grupos vulneráveis que padecem de fome crônica, por meio de programas experimentados de nutrição com foco nas grávidas e lactantes, bebês, crianças e adolescentes, e por meio de apoio a programas que reduzam as deficiências em vitaminas e minerais e as doenças infecciosas que contribuem para a má nutrição.
Reduzir a vulnerabilidade dos que sofrem de fome aguda por meio de redes de segurança produtivas. Técnicas incluem a preparação prévia para crises de alimentos por meio de alertas preventivos e sistemas emergenciais de reação e o desenvolvimento de redes de segurança sociais.
Fazer os mercados trabalharem para os pobres com o objetivo de impulsionar a renda daqueles que se esforçam para pagar pelo alimento. As estratégias incluem investir em infra-estrutura comercial, desenvolver redes de pequenos comerciantes de insumos rurais, melhorar o acesso aos serviços financeiros e informações de mercado para os pobres, fortalecer associações comunitárias e promover fontes alternativas de renda.
Restaurar e conservar os recursos naturais essenciais para a segurança alimentar. Intervenções incluem ajudar as comunidades a restaurar os recursos naturais, assegurando acesso local, propriedade, e direitos de manejo de florestas, recursos pesqueiros e terras devolutas, desenvolvendo “empresas verdes” baseadas em recursos naturais, e pagando as comunidades rurais pobres por serviços ambientais.
Este plano de ação sobre a fome é crucial para o cumprimento dos compromissos firmados em 2000 na Cúpula do Milênio, na qual líderes mundiais concordaram em tornar a luta contra a pobreza – e todas suas facetas – sua prioridade em países em desenvolvimento. A cúpula inspirou os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, os quais são construídos reconhecendo que, da saúde ao meio ambiente, da educação a igualdade entre sexos, uma crescente lista de temas sobre desenvolvimento não poderá mais ser administrada exclusivamente dentro das fronteiras de uma única nação.
O plano da Força-tarefa sobre a Fome é parte do Projeto do Milênio das Nações Unidas, o qual foi convocado pelo Secretário-Geral da ONU em 2002 para desenvolver um plano de ação prático que habilite os países em desenvolvimento a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e a reverter o massacre da pobreza, da fome e das doenças que atinge bilhões de pessoas. Sob a forma de um órgão consultivo independente dirigido pelo Professor Jeffrey D. Sachs, o Projeto do Milênio das Nações Unidas encaminhou suas recomendações finais em Janeiro de 2005.
A Força-tarefa sobre a Fome é uma das 10 Forças-tarefa do Projeto do Milênio das Nações Unidas que ao todo englobam 256 especialistas de todo o mundo, incluindo parlamentares; pesquisadores e cientistas; formuladores de políticas; representantes da sociedade civil; agências da ONU; Banco Mundial; Fundo Monetário Internacional e o setor privado. As equipes das Forças-tarefas do Projeto do Milênio das Nações Unidas foram desafiadas a diagnosticar os principais empecilhos ao sucesso dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e a apresentar recomendações sobre como superar esses obstáculos para que as nações estejam no caminho correto para atingir as metas até 2015.


Para maiores informações:
Projeto Milênio das Nações Unidas:
Erin Trowbridge, Tel: +1 (212) 906 6821, Cel: +1 (917) 291 7974 erin.trowbridge@unmillenniumproject.org
Luis Montero, Tel: +1 (212) 906 5754, Cel: +1 (347) 267 7237, luis.montero@unmillenniumproject.org
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento:
William Orme (Nova Iorque), Tel: +1 (212) 906 5382, Cel: +1 (917) 607 1026, william.orme@undp.org
Mattias Johansson (Bruxelas), Cel: + (46-70) 316 23 44, mattias.johansson@undp.org
Cherie Hart (Bangkok), Tel: + (66-2) 288 2133, Cel: + (66-1) 918 1564, cherie.hart@undp.org
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no Brasil:
José Carlos Libânio (Brasília), Tel (61) 329-2040, jose.carlos.libanio@undp.org.br
Yolanda Pólo (Brasília), Tel: (61) 329-2014, yolanda.polo@undp.org.br
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

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